Linha de pesquisa

Temos como base teórica a obra “O Riso: Ensaio Sobre a Significação da Comicidade”, do filósofo francês Henri Bérgson. No estudo de Bérgson realizado pelo grupo, conhecemos o conceito do “mecânico colado no vivo”, segundo o qual as ações físicas na personagem cômica devem negar as suas vontades interiores. O corpo assume uma forma rígida que luta contra os desejos da personagem, o que torna risível por uma ação não justificada pelos gestos, ou ações frutos de distrações. Quando a atenção for chamada mais para mecanicidade dos gestos, contidos na ação física do que ela evoca, chega-se à comicidade.

Com os estudos baseados em Henri Bérgson, o grupo desenvolve uma pesquisa de linguagem e da criação de um corpo para o ator, específico para a cena cômica, como também em outras ferramentas para o risível. Através de experimentos, iniciamos um estudo do que chamamos de “partituras corporais”, onde matrizes corporais, sem psicologismo, foram criadas anteriormente e independente do texto. Aos poucos, inserimos improvisos baseados em cenas, onde os personagens, já criados anteriormente, se moldam ao texto inserido.

Pretendemos buscar novos repertórios para construção de formas risíveis, contribuindo para um aprofundamento na discussão crítica através do cômico, bem como ampliar a formação dos mais diversos profissionais: publicitários, cronistas, roteiristas de cinema, dramaturgos, produtores de programas humorísticos, ou qualquer pessoa que pretenda utilizar do riso uma ferramenta poderosa para comunicação artística e cultural, de uma forma crítica em geral.